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Dia 276 – Corfe Castle & Durdle Door

28 set

Slow traveler

Sou agitada por natureza, e depois que descobri o termo hiperativo para os adolescentes, me  incluí na categoria de garota ritalina. Hoje, dois dias mais velha, quem sabe um pouco mais sábia ou menos adolescente, acordei em Bournemouth prá curtir um dia em baixa rotação. E quando se faz isso na companhia de amigos, a gente tem mais é vontade de ir apertando o pause e ir vivendo a cena várias e várias vezes, que tudo aconteça muito devagar prá gente se lembrar de cada detalhe, cada cor, cada cheiro, cada palavra, cada gosto, cada sorriso e cada lágrima.

Já aprendi a me virar em Bournemouth, mas confesso que não é mérito meu, a cidade é pequena e muito fácil de se locomover. Encontrei o Nailton no centro, tomamos um café num pub (com brasileiro de garçom), pegamos um táxi (com brasileiro de motorista) e fomos para o restaurante que o Na trabalha, mais um drink, um lindo visual e todo mundo me pedindo pra não ir embora daqui já que trouxe o sol atípico nessa época do ano. Continuando o passeio, encontramos outro amigo do Na (não, dessa vez é inglês e não brazuca) e fomos até a casa dele, praticamente na base das ruínas de Corfe Castle, um lanchinho por lá acompanhado de cidra caseira e muitas histórias e fomos tomar uma ou varias pints de cerveja inglesa avistando o castelo, ou o que sobrou dele.

Pra fechar o dia com chave de ouro, fomos até Durdle Door, um arco natural na Costa Jurássica do sul da Inglaterra (isso mesmo, Jurassic Coast, não é efeito da cerveja). É um dos visuais mais fotografados ao longo da costa e com razão. Durdle deriva da palavra thirl do inglês antigo que significa furo. É possível fazer uma trilha de lá até uma caverna, o visual deve ser de tirar o fôlego, até porque você vai beirando o abismo de falésias, mas preferimos tomar mais umas cervejinhas da mochila, sim quente mesmo, afinal estamos em terras frias, eu já tive 6 meses pra me acostumar com isso e o Na, 6 anos. Cenas do filme “Far from the madding crowd” e “Wilde” foram filmadas na porta.

   

Nós revivemos um filme das nossas vidas, das baladas, viagens e mergulhos, de pessoas que estiveram entre nós, do meu irmão, que entre tantas coisas boas, foi quem me apresentou o Na, tudo isso ao som de Pink Floyd e um por do sol a nossos pés. Apertando o pause que quero reviver esse dia mais uma vez!

Fotos em: https://skydrive.live.com/?cid=3924b9c3726c9d09&sc=photos#cid=3924B9C3726C9D09&id=3924B9C3726C9D09%2122787&sc=photos